Então, o pau
ta comendo nas campanhas eleitorais Brasil afora. Em SP, capital, ainda mais...
O famigerado
Pablo Marçal tem dado dor de cabeça pra todos os outros com uma campanha que surgiu do nada e o
colocou entre os mais cotados para ganhar as eleições. Aposta forte da
internet, de onde surgiu e fez sua fortuna, Marçal tem pela frente o horário
gratuito de propaganda no rádio e na TV onde será testado e veremos quem pode
mais, se a TV e o rádio ou a internet e suas redes sociais.
Explico: seu
partido, PRTB, do conhecido Levi Fidelix, aquele do aerotrem, não tem
representantes na Câmara dos Deputados. Segundo a legislação eleitoral, os
espaços na rádio e na televisão só podem ser ocupados por siglas que tenham
atingido a chamada cláusula de barreira.
Assim para
todos que trabalham com comunicação será um momento interessante de se observar
a força que essas mídias tem frente a revolução nos meios que tem sido a
internet.
A campanha
do atual prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB), terá o maior tempo no horário
eleitoral: 6 minutos e 30 segundos. Na prática, mais da metade dos 10 minutos
diários do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV ficarão com o
emedebista.
A chapa do
deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) é a que terá o segundo maior tempo: 2
minutos e 22 segundos.
Quanto a
Marçal, para que se possa ter uma idéia da extensão de seguidores ao candidato,
ele tem 12,7 milhões de seguidores no Instagram, número seis vezes superior ao
de Boulos, que tem 2,2 milhões de seguidores na mesma rede. Assim, mais que um
embate eleitoral estamos diante de um embate entre o passado e a atualidade,
não que radio e TV sejam coisas de outro tempo, porém são mais tradicionais e
ditavam as regras que transpareciam nas pesquisas de intenção de voto.
Nesse
e3mbate, é bom que se diga, sempre que um novo meio de comunicação surgia era
palavra corrente que derrubaria o anterior que fatalmente teria seus dias
contados. Foi assim com a mídia impressa, com surgimento do rádio, com o
próprio rádio, com o surgimento da televisão e, mais recentemente com a
internet. No entanto o que vimos foi uma interação de todos esses veículos que
hoje se entrelaçam para formar modelos midiáticos multimídia. Rádios web, como
nós, têm plataformas de noticias como essa que vos informa, e interagem com
vídeos e transmissões ao vivo.
Agora, como
a Cláusula de Barreira impõem a um candidato restrição a esse modelo multi
resta a ele apenas a internet, o que nos coloca diante de quem pode mais, a TV
e o rádio, ou as redes sociais e seus aplicativos...
Bem, quem viver verá!