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Moradores de Rua: Qual a solução?

Publicada em: 28/07/2023 09:56 - Personalidades

Um dos temas mais polêmicos e fonte de grande “dor de cabeça” para os dirigentes da Cidade de São Paulo têm sido os Moradores de Rua. Tratados na vala comum, por muitos, como “Nóias”, termo que designa aqueles que são viciados em algum tipo de droga, e há muitas, desde o Crack, passando pela Cocaína e agora a tal K-9, há, no entanto, entre eles famílias, pessoas com algum tipo de distúrbio mental, que também são muitas, crianças, jovens e adolescentes que perambulam pelas ruas da capital e de algumas cidades do interior, sem terem emprego ou qualquer ocupação. A vida para essas pessoas é um eterno esperar que alguma coisa aconteça e enquanto nada acontece à entrada no mundo da dependência química é uma saída.

Mas qual a solução para o problema. Já se tentou de tudo e nada resolveu. Duas vertentes se digladiam pela supremacia dessa resolução; os adeptos da “Tolerância Zero” e invariavelmente Rudolf Julianne, que foi Prefeito na década de 90, em Nova York e implantou esse conceito lá, quando a cidade se debatia com situações semelhantes a nossa, é a referencia e o pessoal da “Redução de Danos”, setor mais ligado a esfera da saúde que procura minimizar os danos causados pelo uso abusivo de entorpecentes e tornar essas pessoa parte da sociedade. Seja qual for à abordagem do assunto o fato é que as autoridades de plantão colocam todos, no mesmo patamar, o que é um erro, pois, como citamos acima, entre os “Moradores de Rua”  aqueles que não fazem uso de drogas e muitos que estão lá por questões pura e simplesmente de saúde mental ou melhor dizendo, a ausência dela.

Em nosso modo e ver um Censo entre essa população com todos os dados possíveis acerca deles, inclusive estados de origem, é a única forma de saber quem é quem e dar encaminhamento, que passa, necessariamente, por um grande acordo de solidariedade entre Governadores e Prefeitos, que pode, inclusive, prever a mediação e o apoio do Governo Federal, visto que todos são brasileiros,  para repatriamento em seus estados de origem, sem forçar esse cidadão, lógico, mas oferecendo a eles a  possibilidades de serem reinseridos e terem oportunidades no lugar onde nasceram e tem suas famílias para as quais é muito difícil de lidar e, na maioria das vezes, o abandonam a própria sorte.

Sem esse grande “Acordo de Solidariedade”, as cidades, principalmente São Paulo, para onde todos refluem, continuara se debatendo e não haverá luz no fim desse túnel, pois internações compulsórias são inviáveis e isso qualquer Psiquiatra ou Psicólogo de plantão pode atestar e paliativos como apenas alimentar essa população e procurar de qualquer forma empurrar essa situação para debaixo do tapete, será inócua.

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