5 de outubro, dia em que nossa Constituição celebra 35 anos e o dia em que 4 médicos foram brutalmente atacados na que deveria ser a véspera de uma data a ser comemorada em todo Brasil e, sobretudo, na chamada “Cidade Maravilhosa”.
Capital do Império, Capital da Republica. Cidade de Belas praias onde o Sol fez morada... No momento lugar de sofrimento e dor.
O Rio de Janeiro é conhecido em todo mundo como uma cidade festiva com belas e atraentes paisagens. Sempre marcada pela dicotomia do luxo X a pobreza, o Rio resistiu a tudo, de revoltas no período imperial a ditaduras nos períodos republicanos.
Para efeito didático:
"República é a forma de governo vigente no Brasil desde 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada por José do Patrocínio na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Desde essa data, o Brasil já teve seis diferentes repúblicas, a saber:
Primeira República (1889-1930)
Governo Provisório e Constitucional de Vargas (1930-1937)
Estado Novo (1937-1945)
Quarta República (1945-1964)
Ditadura Militar (1964-1985)"
Pois bem de lá para cá vivemos em alternância de ideologias que culminaram nos governos de Bolsonaro e, no momento, Lula. Bolsonaro já sabemos que pito toca e Lula procura levar o Brasil a uma pacificação. Porém nesse ínterim, após a ditadura militas de 1964, o Brasil, mais precisamente no governo de José Sarney, convocou uma Constituinte e refez sua Carta Magna, promulgada nos idos de 1987, portanto há 35 anos. Período de maior estabilidade democrática que já tivemos. No entanto, apesar da liberdade conquistada a duras penas, ainda vemos cenas de violência inexplicadas como a que aconteceu na noite desse 4 de outubro de 2023, véspera do aniversário da Constituição Cidadã, onde homens nefastos armados atiraram contra quatro médicos, especialistas que participavam, naquela que já foi chamada de “Cidade Maravilhosa”, de uma convenção, que iria trazer a eles mais conhecimento e a possibilidade de salvar vidas. Estabelecemos aqui um paralelo desses dois eventos, um a se comemorar e o outro a se lamentar profundamente, pois eles são a medida do país que queremos mudar. A Constituição tem que ser respeitada e cenas como as que vitimaram esses profissionais da vida a desmerecem. Está consignado nela que queremos construir um país justo, livre e solidário e não de gritantes desigualdades, falta de acesso a oportunidades e violência o tempo todo.
Parabéns a Constituição e a geração que a construiu. Punição e justiça para aqueles que não a respeitam e tiram a vida humana a troco de nada.