Estripulias
eleitoreiras a parte, o governo federal fez que fez, propôs teto para o ICMS –
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – de 17%, incluiu, na
essencialidade dos produtos a energia elétrica, cujas bandeiras tarifarias
tiveram considerável aumento que passa a valer a partir de 1º de julho desse
ano, pra se ter uma idéia a bandeira vermelha, terá um aumento próximo a 64%, e
o aumento dos produtos da cesta básica não param de subir. Será que isso tem
volta?
Antes de
procuramos por uma resposta vamos esclarecer alguns pontos:
A) O teto de 17% terá complementação da
esfera federal para o que o estado não acumule prejuízos, levando-se em
consideração que esse tributo ajuda a financiar a saúde e a educação nos
estados.
B) O aumento nas bandeiras tarifarias da
ANEEL só acontecem quando ela muda de cor, no momento estamos com a bandeira
verde que não prevê aumentos, caso o consumo aumente e nossos reservatórios não
dêem conta do recado, falta de chuva etc. A cor muda e então passa a valer o tal
aumento que será de 59,5% na amarela e 63,7% na vermelha. Se tudo seguir como
está, na bandeira verde, não haverá aumento.
C) A tal “essencialidade do produto ou
serviços” é um dispositivo constitucional, lá colocado pelo então Constituinte
José Maria Eymael, que diz que dependendo da essencialidade do produto pode-se
zera o imposto sobre ele, Inciso 3° do parágrafo 2º do Artigo 155 da
Constituição que permite que o ICMS seja seletivo sobre bens essenciais. Alguns
governos estaduais, como Alckmin e Dória já fizeram uso do dispositivo para
baixarem o preço das carnes, do leite e remédios. Recentemente no Rio de
Janeiro o governo zerou esse tributo sobre o gás de cozinha. Ao colocar os combustíveis
e a energia nesse patamar o governo pode mexer, sem ferir a Constituição nesses
valores.
Fato é que apesar de mexer aqui, lá e acolá, as noticias para a população sobre
o custo de vida não são nada boas.
Desemprego em alta, tarifas aumentando e ameaça de greve de caminhoneiro,
pelo preço do Diesel, pipocando a todo o momento. Já passamos por uma greve
dessa e vimos como foi difícil para todo mundo.
As eleições estão chegando e é bom pensarmos bem em quem queremos que assuma
a direção do país em um mundo globalizado, com guerras ameaçando a todos e um
contexto nacional muito duvidoso.