O desaparecimento, quase
certo, assassinato, do indigenista, Bruno Pereira e do jornalista Britânico Dom
Phillips é uma das páginas das mais trágicas desse imenso oceano de descaso,
corrupção, aviltamento e assassinatos cometidos em uma das regiões mais ricas
do país e salvaguarda do planeta.
As noticias mais recentes
dão conta de que o jornalista e o indigenista estavam em uma missão de defesa e
reconhecimento no Vale do Javari, uma grande área de mata alagada, quando
desapareceram. Pela repercussão internacional do caso as autoridades brasileiras
foram obrigadas a se mobilizar e encontraram vestígios que nos remetem à possível
morte de ambos.
A Amazônia, não é de hoje,
abriga muitos “corpos estranhos” em suas matas que deveriam ser povoadas por
aqueles que a amam e a protegem, os povos indígenas. Mas o que vemos são
garimpeiros ilegais, madeireiros, traficantes de drogas, armas e de pessoas e
todo tipo de crimes, que acontecem sem que ninguém faça nada e, por vezes,
incentivados por poderes constituídos.
Está na hora de se dar um
basta em tudo isso, antes que outras nações a reivindiquem como patrimônio
mundial e façam eles o que deveríamos, como legítimos guardiões da floresta e
seus mananciais, termos feito faz tempo, proteger esse legado natural de inestimável
valor.
Nunca se extrai nada de
positivo de um episódio como este envolvendo esses verdadeiros heróis da
proteção a vida, porém que a visibilidade que esta se dando ao caso e a esse
total descaso com a nossa floresta Amazônica, force a mão dos que tem recursos e poder para
combater essa criminosa invasão de suas terras e a agressão aos povos que lá
vivem.
A Amazônia com seu verde
exuberante e seus rios majestosos é sinônimo de vida e a vida tem que ser
preservada apesar dos que, em nome da ganância e de riquezas desenfreadas,
tentam cerceá-la.