Com varias variantes do SARS Cov2, perambulando por ai e o medo de se contrair uma delas, nada mais resiliente que trazemos um relato, de uma de nossas colegas, que se viu infectada por tão nefasto hóspede...
Minha Experiência
quando fui infectada pelo coronavírus!
Em casa e com orientação médica eficaz, fui curada sem medicação do Kit Covid
Repórter Néia Andrade
Hum...uma gripe? Um resfriado? Ele chega; um mal estar em geral, porém nada evidente, até então. Talvez coisas da minha cabeça?!
Era uma sexta-feira, cheia de planos e acontecimentos, atividades de trabalho com entrevistas, mas, no início de noite, quando pensei que aconteceria tudo de bom, vieram algumas sensações estranhas como uma coceira na garganta e tosse seca.
Os sintomas foram iguais aos que se iniciam, como dizem alguns doutores; começa com um arranhãozinho na garganta, o qual eu pensei ser uma alergia inesperada, mas acompanhado de uma coceira estranha e de um mal estar pelo corpo inteiro, porém com início leve.
A cada dia, gradualmente, vem uma sensação ruim e o dia seguinte era uma interrogação “?”; uma questão de dúvidas, assombramentos, medo e pânico.
E foi assim que me senti: na sequência de dias, eu comecei a sentir dores andando pelo corpo e mal estar como cansaço. Já no terceiro dia, dor nas costas, o que me deixou muito preocupada.
Após esses três primeiros dias e, conforme indicado por protocolos médicos, se recomenda fazer o teste da Covid-19 e, em seguida, passar por um hospital. Mas e o teste? Não se faz nos hospitais, então pensei: como é o processo? Como que as pessoas podem ser orientadas?
Além disso, como eliminar o monstro que fica dentro do seu organismo, querendo crescer e ganhar a luta contra você?
Enfim, fui direcionada à UBS da minha região, Cambuci, local onde encontraria a solução mais correta a seguir.
O cenário era descrito por muitas pessoas preocupadas e algumas infectadas, sim, para o teste Covid-19. Eu também estaria dentro deste índice?
Enfim chegou a minha vez de ser atendida e foi por um médico que me pediu o exame PCR e prescreveu medicamento para inflamação na garganta até a entrega do resultado.
No dia seguinte fui privilegiada por não precisar da medicação, pois minha garganta estava muito bem, obrigada.
E agora o resultado? Depois de três dias e meio, porém já estava na contagem de dias da infecção e percebi que continuei me sentindo mal, então já sentia que eu realmente estaria acometida pelo mal da época: o monstro “coronavírus”.
Enfim, três dias se passaram e, ao abrir no sistema o resultado do meu exame, foi um grande susto, pois eu havia testado positivo para a Covid-19, indo para o sétimo dia infectada.
Ao imprimir o resultado para retornar à UBS, em um local comercial, me senti como um elemento humano estranho e discriminado, pois uma senhora me colocou para fora do local, dizendo que eu estava infectada e não poderia estar ali.
Naquele momento o meu mundo caiu e foi como se eu tivesse recebido uma sentença, uma condenação, junto com a discriminação. Enfim, fui direto ao meu Posto de Saúde, que, por sinal, com boa receptividade, está muito bem preparado, excepcionalmente coordenado e direcionado, com médicos especializados e alinhados para tomar a frente no atendimento da Covid-19.
Ao chegar, em desespero, não passaria em atendimento pelo mesmo médico que trabalha em sistema de plantões, porém não poderia ter sido mais agraciada e privilegiada ao ser atendida por uma outra médica, um ser enviado por Deus e pelos anjos para me direcionar.
Com o resultado já passado pela triagem, com equipe de enfermagem muito bem preparada e que psicologicamente me ajudou muito a entender o meu quadro e a me tranquilizar, a doutora em questão, Raísa Farias Lima, foi a médica que me indicou o protocolo mais correto para a minha vida, ou seja, sem necessidade do “Kit Covid”.
Tudo isso veio de encontro com a minha tese de que as pessoas também passam mal por questões de medicações que não deram certo.
Lendo reportagens sobre os casos da doença e, sequencialmente, casos específicos, foi possível refletir sobre o assunto. É notável que alguns remédios fazem muito mal à saúde, principalmente se não houver sintomas e quadros a que se referem.
Tudo o que eu imaginava ser correto, o protocolo médico utilizado para mim, indicado pela doutora Raísa, se comprovou que o resultado é muito eficaz. Acredito muito em seu potencial e em sua atuação médica, pois desde o início da pandemia no país, está na linha de frente atuando em UBS de São Paulo, assim como esteve também em Unidades Básicas de Saúde do município de Osasco.
Naquele fim de tarde, quase noite, durante o mês passado, em março, eu também estava inserida neste meio e com minha sensibilidade, em desespero e chorando, assim como uma outra moça jovem que ali estava.
Não havia palavras para amenizar o medo e o pânico de fazer parte de um índice do ser humano que acabava de entrar no cenário do perigo que nos ameaça com a contaminação do coronavírus, juntamente com as incertezas do amanhã.
A única coisa a fazer seria esperar para perceber como o corpo iria reagir nos próximos dias; como muitos têm a sorte de seguir cuidados em casa e superarem, já outros, com pioras e internações; situações que, infelizmente, diversos casos chegam à morte.
Em minha experiência acredito que a preocupação e o desespero são os principais fatores que atrapalham muitos a se recuperarem. Sim, são momentos muito difíceis de se controlar, principalmente porque temos que ficar totalmente isolados, sem ter ninguém por perto ou pelo menos alguém que estivesse apenas ali, dizendo simplesmente, “estou aqui”.
O telefone toca sem parar, as mensagens positivas são voltadas ao bem-estar e fé de que tudo continuará bem, porém não podemos ter alguém ao nosso lado, como antes. E então, até quando será assim?
É preciso entender que boa parte das complicações dos quadros da doença está relacionada às questões psicológicas e emocionais e isso soma negativamente para quem está doente, carregando medos e pânico sobre a “morte”.
A televisão e o computador, sistemas de meu trabalho, foram as alternativas as quais eu mais evitei a olhar ou abrir sites e links de notícias.
Ao ver livros e materiais que precisaria ler e escrever, sentia náuseas. E claro, tempos depois da cura, ainda carregamos as mesmas sequelas.
Quanto à sintomalogia, a dor nem sempre está localizada ou se refere ao órgão, porque, muitas vezes, o cérebro está enviando mensagens que não são verdadeiras, através do que sentimos que pode ser algo passageiro. E isso pode mudar toda uma conduta médica.
No que se refere ao contexto psicológico, toda a carga do estresse que jogamos ao corpo, contribui para abaixar a imunidade e isso dificulta a boa reação do organismo, que deve estar bem para expulsar esse “vírus do mal” que está ceifando vidas no mundo inteiro.
Na minha opinião, acho que falta um apoio psicológico às pessoas nas unidades hospitalares; um sonho ou uma utopia? Acho que a resposta são as duas opções, porém, se os órgãos responsáveis pela saúde tivessem um olhar para isso, pensando em oferecer uma complementação desses profissionais nas equipes médicas, este apoio poderia recuperar muitas pessoas, encaminhando-as para o tratamento domiciliar.
Em resumo, eu quero dividir uma experiência a qual eu sempre acreditei e pude provar que me recuperei muito bem, sem medicamentos de praxe que são utilizados em todo o país, como os mais comuns do “Kit Covid”: azitromicina, cloroquina, dipirona, todos administrados juntos, entre outros relacionados que alguns médicos indicam para tratamentos e precauções.
Em virtude de todo o meu estado de saúde e do protocolo tão ideal que recebi, eu quero manifestar aqui, a minha gratidão por tudo, principalmente à medica, Dra. Raísa Farias Lima, a qual não teve nenhuma dúvida ao cuidar do meu caso; a certeza era de que tudo já iria passar e que eu me recuperaria em alguns dias.
Devido a todas as coisas positivas, muito embora tenha vivenciado bons e maus momentos, eu sou muito feliz por ter sido curada em casa, sem antibióticos e remédios complementares como basicamente as pessoas estão tomando.
Aqui estou eu, após ser acompanhada pelo tratamento da médica responsável pelo meu atendimento; uma profissional essencial ao país, que tão jovem e tão eficaz, tem enfrentado a Covid-19 atendendo inúmeros pacientes, desde o ano passado quando tivemos o início da pandemia no Brasil.
E, ao questioná-la sobre sua indicação de tratamento para comigo, dra. Raísa logo me respondeu com exatidão e certa de sua conduta médica, “não se preocupe que amanhã você irá para o sétimo dia de contaminação, o que havia de acontecer como piora, já passou, está tudo sob controle. Eu apenas vou medicá-la em relação aos sintomas que você tem. Afinal, o que você sente agora?”
Em minha prescrição foram indicados medicamentos; um para controlar o desarranjo intestinal e outro para náusea ou vômitos, apenas isso.
No dia seguinte não precisei tomar aqueles remédios, porque eu já estava bem. Em duas ocasiões, alguns sintomas só se perduraram por um ou dois dias, que foram início de inflamação na garganta e diarreia. O que me surpreendeu foi que ambos quadros se cessaram rapidamente; um presente que recebi.
O que se perdurou por alguns dias foi um mal estar pesado no meu corpo, como se tivesse algo lutando comigo para buscar o ar, uma indisposição parecida como a de uma gripe muito forte, porém não é possível expelir e colocar nada para fora.
Para mim, o que sempre temi e consegui comprovar, sendo uma experiência deste caso é não relacionar todo caso da doença ao “kit covid”, o que, no meu caso, já foi o melhor resultado para a minha vida e a melhor e mais certa conduta médica que posso me lembrar que recebi em minha vida e que pude observar nos casos da Covid-19, com recuperação.
O meu agradecimento é primeiramente a Deus, por ter me iluminado e me dirigido ao caminho certo, com a médica mais adequada possível para o meu caso.
Em meus relatos, devo muito minha gratidão e respeito a esta médica, uma doutora tão jovem e que está à frente do tratamento da Covid-19 no Brasil, desde o início da pandemia, atuando em algumas unidades de UBS da cidade de São Paulo e municípios próximos.
Uma semana após o encerramento da minha quarentena, eu estive novamente na UBS local procurando pela médica para agradecê-la.
Enfim, entrei no consultório e conversamos à distância, quando me recebeu com uma expressão gratificante e me disse estar feliz pela minha recuperação, agradecendo o meu parecer sobre sua conduta.
O que eu quero deixar aqui é minha opinião sobre tratamentos para a Covid-19 que para mim, fui prova de que cada medicação como as que contêm no Kit Covid pode ser ideal para algumas pessoas, porém, para outras pode não funcionar bem, ocasionando fatalidades.
Na realidade, sabemos que não existe uma regra geral com relação a medicamentos que podem ser eficazes e aplicáveis a toda a população, portanto todas as equipes médicas de hospitais, sendo públicos ou privados deveriam se atentarem para isso.
Podemos observar casos e casos, principalmente relatados pela televisão que mostram pioras em muitos quadros da Covid-19, após internações e muitos exemplos de graves efeitos colaterais em pessoas que estão em casa ou nos hospitais.
Outro fator importante é a questão psicológica, que influencia tanto em casa como, principalmente, nos hospitais, pois as pessoas também pioram com o medo de estar ali e com o pânico da morte, além do ambiente hospitalar não ser positivo.
Então, se a pessoa disser para um médico que está com dor nas costas, que pode até ser muscular, no caso de estar infectada pelo coronavírus, poderá receber medicação para o pulmão, o que muitas vezes não é o caso.
As pessoas infectadas pelo coronavírus sentem sim, muita dor muscular que andam pelo corpo, como eu, inclusive, que senti muita dor nas costas, partes superior e inferior e algumas vezes fiquei com medo, porém a mente doente comanda e emite alguns sinais pelo corpo que não são reais e que, muitas vezes, são passageiros.
O tratamento psicológico também seria uma necessidade, pois nesses quadros, é necessário cuidar muito bem da mente, o que às vezes, para uma pessoa infectada, se torna incontrolável.
No meu exemplo, todos dias ao acordar eu pensava: “meu Deus, poderia ser um pesadelo. Afinal, o que irá acontecer comigo?” Assim descobri um grande segredo que também é a fé em Deus e nas palavras positivas que recebemos das pessoas, ou seja, que “tudo irá passar”.
Mensagens dizendo: “bom dia, como você está hoje?” Eu sabia que no fundo de uma ou outra voz havia também uma preocupação escondida, se tudo iria correr bem comigo, porém foram preciosidades que me ajudaram a melhorar e a não ficar prostrada na cama.
Tudo isso, além da fé, eram segredos da cura e isso se resumia em tranquilidade, alimentação e bons pensamentos.
Enfim, para colaborarmos com a melhora física e possível cura é preciso tomar muita água para hidratar o corpo e limpar o organismo, tentar manter uma mente saudável ou procurar conseguir exercitar isso.
Outras atitudes como evitar ouvir e ler notícias sobre a pandemia, tentarmos nos alimentar de hora em hora com refeições saudáveis, se possível, com algumas frutas e legumes, há uma grande melhora.
Eu posso sentir agora a sensação de ter vida e a oportunidade de estar aqui. Carrego agora os meus eternos e intermináveis agradecimentos a Deus pela minha cura e pela minha vida.
Deixo aqui também, os meus sinceros e profundos agradecimentos à médica, doutora Raísa, por ser tão certa e convicta sobre o seu protocolo dirigido a mim, experiência em que posso contar uma nova história.
Sou grata também pela médica a qual cito, que foi divinamente enviada para me ajudar e que um dia fez alguns juramentos em sua profissão, entre eles; cuidar de vidas.
O Brasil e o mundo precisam de profissionais como ela como da equipe de enfermagem, todos da UBS Cambuci, que destacam a importância de levar a sério os cuidados com esta doença, com toda ética profissional e sentimento pela humanidade; para ela, mais um de seus exemplos salvando vidas.
A tudo isso e tudo o que estamos vivendo, em fases difíceis, o meu muito obrigada!
Aproveito para estender também a minha gratidão por todas as pessoas que tiveram a mesma oportunidade que eu e, meus sinceros sentimentos de pesares pelos que perderam seus familiares, entes queridos e próximos, que não tiveram a mesma oportunidade.
Deus, minha razão, meu viver, obrigada, obrigada! E minha eterna gratidão por algumas pessoas da minha família e por todos os que me ajudaram, pela conduta médica corretíssima que recebi e por toda a equipe local onde entrei doente e saí com vida.
Não me esquecerei também, de todos os que contribuíram com cada dia em que eu estive em quarentena, enviando mensagens e telefonemas diários para me ajudarem a sobreviver.
Sabemos que muitas vezes, com uma simples palavra, conversa ou mensagem dedicada a alguém doente, podemos ajudar a salvar uma vida, entre as pessoas, também os médicos que estão perdendo a saúde para ajudar a população em geral.
Néia Andrade
Jornalista/ Repórter Especial e Executiva de Negócios
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