As cenas deploráveis
que vimos nesse domingo, 8 de janeiro, vão ficar marcadas na história política brasileira.
Um bando invadindo e quebrando tudo que via pela frente em um frenesi de
desespero e ódio. Ódio pelas instituições democráticas, ódio pelos símbolos das
liberdades, ódio por terem perdido as eleições e não saberem lidar com isso. Insuflados
por lideranças e financiadores que tem, eles sim, endereço certo, ou seja, suas
próprias conveniências, uma massa se reuniu para tentar, com o caos, um golpe
de estado. Não deu certo e tudo que conseguiram foram atrair a atenção
internacional para o pior que o Brasil pode produzir em termos políticos e,
porque não dizer, em gênero humano.
Bolsonaro lá
dos EUA, onde fica não sei até quando pelo fato das autoridades de lá já
estarem se mobilizando por ele estar se tornando “persona” não grata ao país.
Nada disse, pior, emitiu uma nota em rede sociais na qual disse, trocando em miúdos,
que não é a favor nem contra, muito pelo contrario, dos atos praticados pelos
que o seguem...
Ao iniciar a
semana, depois de uma madrugada de muito barulho e pouco sono, o estado recrudesceu.
Não poderia ser diferente. Prendeu varias pessoas que passarão a ter vários problemas
com a justiça, para a alegria dos advogados de plantão, ordenou o desmonte dos
famigerados acampamentos na porta dos quartéis, decretou intervenção federal na
segurança no Distrito Federal, afastou o governador por três meses, por omissão
no badernaço promovido e deve fazer muitas alterações nas leis que regem esse
setor nos próximos meses. Enfim, um tiro no pé dessa malta radical que quer
fazer valer a força sua vontade.
Não nos
enganamos nem temos duvida de que estamos vendo o final de uma era, aonde os
resultados de eleições eram respeitados e o Brasil se pautava pela paz e a obediência
as leis e suas instituições. A exemplo de vários países, mundo afora, que tem
que proteger suas liberdades e o processo democrático a duras penas, ao que
tudo indica, entramos para esse rol. Não é difícil que daqui pra frente vejamos
núcleos terroristas surgirem, setores mais radicais se unirem e promoverem suas
idéias através da violência alicerçados por empresários que comungam dos mesmos
ideais, coisas de países do primeiro mundo, haja visto o tanto desses grupos
que militam nos EUA e países da Europa.
Que nossa
Democracia e nossas autoridades tenham pulso para fazerem sempre valer o Estado
Democrático de Direito e as liberdades...
Enfim,
ingressamos no terceiro milênio...