MPF, foram colhidos materiais e provas que embasaram
130 denúncias contra 533 acusados, gerando 278 condenações (sendo 174 nomes
únicos) chegando a um total de 2.611 anos de pena.
Foram também propostas 38 ações civis públicas,
incluindo ações de improbidade administrativa contra três partidos políticos
(PSB, MDB e PP) e um termo de ajuste de conduta firmado.
“A isso somam-se 735 pedidos de
cooperação internacional – sendo 352 pedidos a outros países (ativos) e 383
passivos (solicitações de outros países ao MPF). Em 2015 foram 66 ativos e oito
passivos, enquanto que em 2019 foram 67 ativos e 133 passivos. A evolução
desses dados demonstra a seriedade e eficiência da operação, que passou a
cooperar com investigações no mundo todo. “
Neste período, mais de R$ 4,3 bilhões foram
devolvidos aos cofres públicos por meio de 209 acordos de colaboração e 17
acordos de leniência, nos quais se ajustou a devolução de quase R$ 15 bilhões.
Do valor recuperado, R$ 3 bilhões foram destinados
à Petrobras, R$ 416,5 milhões aos cofres da União e R$ 59 milhões foram
transferidos para a 11ª Vara da Seção Judiciária de Goiás – decorrentes de
ilícitos que vitimaram a estatal Valec.
“O legado da Força-Tarefa Lava Jato é
inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão
importantes e caros à sociedade brasileira”, afirma Alessandro José de Oliveira,
que substituiu Deltan Dallagnol e agora será o coordenador do “núcleo da Lava
Jato no Gaeco”.
As provas obtidas e compartilhadas com outros
órgãos, como TCU, AGU, Receita, entre outros, possibilitaram o desenvolvimento
de trabalhos em diversas outras frentes, contribuindo para a descoberta de
outros crimes ou ações ilícitas.
A Receita Federal, por exemplo, realizou
lançamentos tributários de mais de R$ 22 bilhões.
De acordo com a portaria assinada pelo PGR em 7 de
dezembro, quatro procuradores do Paraná ex-integrantes da força-tarefa
integrarão o Gaeco com mandatos até agosto de 2022.